Poesia - Anjo ao Avesso
Anjo ao Avesso
Do pejado carcás tira uma seta,
Na corda a ajeita,
— o arco entesa e curva,
Atira”
(Gonçalves Dias)
minhas asas o vento as levou
não sou nem de perto o cupido
já deixei muito coração partido
sou um romântico, um louco, sem juizo.
Cego, tenho comigo apenas o carcás
repleto de possibilidades e, aliás
lanço minha flecha sem endereço
não derrames lágrimas por mim
não as mereço
teu amor é algo sem preço.
Quem sou?
sou apenas um anjo ao avesso.
Fernandes Oliveira
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