INIDENTIFICÁVEL
Quem sou não sei mais
não tenho identidade
a perdi há tempos atrás
se bem me lembro numa tarde
quando era mero rapaz
fingindo ser poeta
buscava a tão falada paz
que se mostrava mais concreta
por azar ou sorte
em mim há
algo mais forte
que me nega a morte
para tanto, haja talento
na alegria de não viver
pois eu sou todo fingimento
e em vários momentos
finjo eu mesmo não ser
FERNANDES OLIVEIRA
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