VERSO AMIGO
Tenho meu verso como único amigo
E estando da alva folha diante
Jamais me mostrarei vacilante
Pois me calar seria maior castigo.
Dos braços que não me servem de abrigo,
Do olhar sem o brilho cintilante
Ou do coração que bate inconstante
Eu falo pois é sentir que já vai antigo.
Não, não sou aquele que jamais erra,
Sou sim,a tudo suscetível na terra
Tanto a glória e ao vitupério.
Sou dúbio, derivado,insano,
Sou o que pode se dizer de humano
O que sou será para ti sempre mistério.
FERNANDES OLIVEIRA
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Belíssimo soneto!
ResponderExcluirParabéns!