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E AGORA, MANÉ? - Poesia de Ludimar Molina
E AGORA, MANÉ?
Tiraram a lógica e a tatuagem colorida dos cérebros humanos.
Eles se sentiram desprotegidos.
Não conseguem preencher o vazio que ficou.
Aos poucos, os crânios vão tomando formas dinossáuricas.
Uma caixa obsoleta.
A alienação se aproveita desse deslize e penetra no oco cerebral.
Prepara o terreno.
Faz a festa de inauguração com convidados que nunca foram
"tatuados" nem usaram da lógica.
Todos sabem que comandarão o novo "povoado".
O conhecimento se transforma numa grande bolha
que vai de encontro às pedras emboloradas.
O cérebro enlouquece. A fé arrefece.
Os neurônios descem. O absurdo sobe.
Nunca se ouviu tantas bobagens
que são muito piores do que o FEBEAPA
que tanto preocupou Stanislaw.
Vivemos num tempo de "Lalaus"
"Cérebros do mundo, uni-vos".
Não permitam invasões bizarras.
Recuperem suas tatuagens.
Mandem os dinossauros embora.
A hora é agora.
Soltem o verbo que chacoalha, não o que prende você na malha
Soltem o grito, façam alarde!
Amanhã já poderá ser muito tarde!
Autora Ludimar Gomes Molina
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