Poesia - DERRADEIRO VERSO



Ao derradeiro verso dou início,
Pois vejo chegar a senhora infalível
E da minha parca habilidade deixo indício
Quando do pauperismo chego ao nível.

Não me serviram as rédeas no princípio
Que alguém a elas se deixe atar é crível
E que a má poesia lançada em precipício
Soou a muitos louvável é risível.

Queriam neste a plasticidade
Um retorno aos célebres ritmos antigos
Quer no metro, quer na obrigatoriedade.

Mas nada valerão os falsos segredos
Se numa mão uns bons versos e amigos
E sobrarem nela ainda muitos dedos.

                          FERNANDES OLIVEIRA






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