EM DIAS DE CHUVA
Nestes dias que chuva insiste em cair
Eu finjo não mais sentir
E ajo agora por instinto
Se eu pudesse não mais fingir
E de tudo o mais não fugir
Muitos saberiam que hoje não minto.
O meu olhar se entristece
E nunca reconhece
O que é o amor
Meu coração não se enternece
E lágrima pelo rosto desce
Já não sei se de alegria ou dor.
Desconheço o que é amizade
Finjo não merecer felicidade
Enfim tudo é-me triste
Quero enganar-me com verdades
Sou tão forte e tão covarde
Sentimento a mim nenhum existe.
Talvez a tristeza
Queira acompanhar-me nesta empresa
Nesta tortura sem fim
Pois só há a frieza
Em não reconhecer a presteza
Daqueles que se aproximam de mim.
A água que tudo renova
Arrasou-me e me colocou à prova
Não dando mais vida
Só me resta deitar a cova
Dela nada espero agora
Finar talvez seja a saída.
Nestes dias que chuva insiste em cair
Eu finjo não mais sentir
E ajo agora por instinto
Se eu pudesse não mais fingir
E de tudo o mais não fugir
Muitos saberiam que hoje não minto.
O meu olhar se entristece
E nunca reconhece
O que é o amor
Meu coração não se enternece
E lágrima pelo rosto desce
Já não sei se de alegria ou dor.
Desconheço o que é amizade
Finjo não merecer felicidade
Enfim tudo é-me triste
Quero enganar-me com verdades
Sou tão forte e tão covarde
Sentimento a mim nenhum existe.
Talvez a tristeza
Queira acompanhar-me nesta empresa
Nesta tortura sem fim
Pois só há a frieza
Em não reconhecer a presteza
Daqueles que se aproximam de mim.
A água que tudo renova
Arrasou-me e me colocou à prova
Não dando mais vida
Só me resta deitar a cova
Dela nada espero agora
Finar talvez seja a saída.
FERNANDES OLIVEIRA
em 1999
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