Poesia - LABORIOSAS HORAS

LABORIOSAS HORAS

Laboriosas horas dedicadas ao nada
Super excitação,
Super exposição,
Sublimação das palavras,
Concerto de sonâncias dissonantes
Desprezo, desapego!
De tudo que é infimamente importante
E dizem ser belo
Quando sincero
O que receber quero.
Veja ! Você que me vê e não me lê,
Que me lê e não me vê,
Pergunto: por que insistir no que não deve ser?
Horas: são ínfimos intervalos de tempo no próprio tempo
Amor: não é mero sentimento que aflora de dentro.
Horas passam e sempre não bastam para nos amarmos.
Solidão: nos faz tristes
E sempre insiste para um fim em tudo darmos.
Repulsa: o pulso ainda pulsa
Busca  de uma cura
Loucura seja tudo isto então
Mas mais dura é a vida sofrida
Daquele que deseja sair da solidão.

                        FERNANDES OLIVEIRA CERQUEIRA

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