Eu sou o louco não solitário
que pede aplauso,
no meio da multidão
que segue seu itinerário
e da plateia pede atenção,
o que não se atem a sorrisos falsos
mas busca a cada passo obter a perfeição
eu sou um ser cheio de vazios e defeitos
mas, além de tudo, sou feito
da mescla do mundo que me rodeia
e a cada aparente queda,
trato como desafio
tal qual a lâmina na pedra me afio
e não esmoreço,
elevo minha auto-estima e apreço
não faço moda, nem média, nem terço
traço minha própria estratégia
nunca sem rumo ou endereço
uma grande teia, às vezes teço
de cair o risco assumo desde o berço
eu me reergo dos destroços
faço do meu pouco um muito nosso
eu mostro o "sangue na veia",
pois eu erijo fortes edifícios
com a soma dos meus princípios
enquanto eles amontoam
meros castelos de areia.
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