Eu que troquei a vírgula
Eu que troquei a vírgula
Pelos acentos graves
E não me assento em terras
alheias
Encantei um novo fonema
Esperei pelos calorosos
aplausos
Trouxe a muitos uma nova
ideia
Não aceitei a moda nem a
media
Fiz matrizes poéticas de
falsos poemas
Sentei-me a esquerda na sua
ceia
Expus meus medos, entre os
enredos
De uma engenhosa sereia
Que ardilosamente teceu sua
teia
Com o sangue que corre em
minhas veias
Fiz dos teus castelos não
muito mais que punhado de areia.
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